Raramente eu bato o olho em alguém e gosto,
incondicionalmente dessa pessoa.
Em geral, quando conheço alguém, passo a observar suas atitudes. Atitude para
mim é o que conta, porque elas são a demonstração menos ilusória da
personalidade de alguém. E eu só vou deixar alguém se aproximar à medida que
vou conhecendo esse alguém, nunca antes.
Isso passa aquela imagem de frieza, mas a verdade
é que eu não hajo de uma maneira diferente da que penso. Enquanto eu não me
sentir a vontade com alguém, não deixo a relação se tornar mais íntima. E, de
novo: não adianta querer forçar intimidade. Provavelmente, quanto mais
se tenta me pressionar mais eu me afasto.
Pode demorar até que eu permita um grau de
intimidade maior. Lembre-se que amigos para mim viram família e não é qualquer
um que eu deixo pertencer a um grupo que levo tão a sério e valorizo tanto. Mas
vale a pena esperar! Amigos são meus bem mais preciosos. Mais
precioso mesmo! Por exemplo, eu sou capaz de virar uma noite em claro, ouvindo
um amigo bêbado falar da sua dor de cotovelo, tendo na manhã seguinte aquela
entrevista mega importante que poderia ser a chave para uma promoção no
emprego. O companheirismo é total, mas isso não quer dizer que eu vá adorar a
idéia de sair para farrear no ‘point’ atual da cidade (sou avessa a modismos).
A fidelidade é total também. A regra é que eu
nunca faria uma fofoca sobre você. Não ligo para o que um determinado grupo
social pensa. Simplesmente não preciso ter o que contar só para ficar bem aos
olhos dos outros. Na verdade, a mera idéia de fazer isso é o suficiente para
revirar meu estômago. Ah! Retribua na mesma medida, para não me magoar!
Pode demorar, mas ter minha amizade é como ter
uma amizade canina vinda de um ser humano.
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