Missão complicadíssima!
Eu diria que tem que ter muito tato ao me
elogiar. Parece drama? Bem, não é. Eis os motivos:
1) Sou desconfiada de palavras, lembra? É o velho
fantasma das palavras vazias. Não é uma questão de desconfiar das pessoas que
estão nos dizendo. Mas eu acho que elas sempre estão tentando ser gentis. E aí
eu penso: “Se você está sendo gentil é porque, na verdade, não gostou do que eu
fiz?”
2) Tenho um padrão de qualidade muito alto. Pode
ser que você tenha amado de paixão algo que eu tenha feito, mas eu sou chata e
já vi tantos defeitos que ainda não estou satisfeita com o resultado. Em
ocasiões como essa, receber um elogio por um trabalho que eu achei apenas
razoável pode acabar ficando pior.
3) E o pior é quando, em vez de ficar meio
desanimada, eu começo a pensar que a pessoa que me elogiou fica satisfeita com
qualquer coisa. Isso é uma tremenda queda no meu conceito. Gosto de pessoas que
sabem o que querem e não se dão por satisfeitas com menos do que isso.
E aí? O melhor é nunca mais elogiar? Não! Não
façam isso de jeito de nenhum! Gosto de ser reconhecida por meu esforço. Mas
apenas quando meu esforço merecer reconhecimento. Então, antes de elogiar,
sonde quanto tempo eu empenhei naquele projeto e tente sacar o quão feliz e
orgulhosa eu estou por ter terminado.
Resumindo: não desperdice elogios. Guarde para ocasiões bem merecidas.
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