Não sou materialista, nem possessiva. Já larguei
muitas coisas de valor econômico para manter outras de valor puramente
sentimental. Mas o fato é que certos costumes ou objetos trazem segurança ao
meu cotidiano. E tirá-los de mim pode ser muito ofensivo. Porque eu chego a
ficar meio desnorteada mesmo, em algumas situações. Portanto, o movimento de
doação e mudança deve partir de mim ou, pelo menos, planejado junto comigo. Do
contrário, me sentirei lesada. É irracional e quase incontrolável. Receita
certa para não aumentar meu mau humor. Essa é a parte fácil: respeitar minha
posse e meus hábitos. A parte difícil é respeitar o limite territorial dos meus
sentimentos. Que viagem! Como se faz isso??? Um bom começo é se lembrar que sou
um ser humano. Só porque pareço distante, não quer dizer que não tenho
sentimento. Certas coisas não devem ser ditas em certos momentos. Se eu to
triste com alguma coisa, tente compreender meu lado e é só isso que peço.
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