ME CATIVA?

Antes de me abrir a uma relação (seja ela qual for), eu aprendo a amar a pessoa. Do meu jeito torto, mas amo. Começo a considerá-la da família e da família ninguém consegue se separar realmente, não é? Então, você pode me ver farreando por aí. Mas, em geral, quando procuro por uma relação, a seriedade e comprometimento são totais. Aí, o difícil para mim é o primeiro passo: o amor fraternal, a inclusão na família escolhida. Quando esse amor se torna romântico, levar ao casamento real é uma espécie de conseqüência natural, para quem almeja isso. Isso não quer dizer que eu almeje realmente me casar. E quem não gosta de reciprocidade? Assim, eu diria que, eu espero que as pessoas que eu amo (amigos, namorados, noivos, marido) também encarem a relação como um casamento, ou seja, uma relação de AMOR e FIDELIDADE. Mas, apesar de exigente, sou realista. Quando alguém pensa em uma pessoa perfeita, em geral, imagina uma pessoa sem defeitos. Eu imagino uma pessoa perfeita para mim, ou seja, uma pessoa cujos defeitos sejam toleráveis por mim. E por isso que, apesar de super-hiper-ultra-mega-power exigente, eventualmente, acredito que eu ache essa pessoa certa. O grande problema é se essa pessoa certa vai gostar de mim. Complicada e neurótica como sou! A boa notícia é que você não precisa fazer muito esforço para que eu goste de você. Gosto de gente fofa, meiga, querida. O mundo fica menos cinza com gente assim por perto. Adoro isso. Adoro quem tem essa capacidade de ganhar um terreno emocional que não cedo fácil a ninguém… Mas vocês conseguem isso de algum modo! JUSTAMENTE POR ISSO que eu adoro! Mas fico também com um pé atrás, porque exatamente a pessoa que dá um jeito de se aproximar tão facilmente e tomar um lugar no meu coração (veja bem, não estou falando só de romance aqui) é uma pessoa que me é incompreensível no que tange às emoções. E aí vem a má notícia: tanto sentimento pode me deixar meio arisca. Entenda que não é por mal. É porque não sinto do mesmo modo que você. Eu sinto um sentimento, profundamente, de cada vez. Quando estou dividida entre vários, em geral, um deles é claramente o dominante. Outro problema é o modo como você se expressa. Pergunte como eu me sinto e minha resposta vai parecer que eu estou defendendo uma tese de pós-graduação. Então, tente fazer o mesmo. Tente expressar-se de uma forma linear e racional. Meu cérebro funciona melhor assim.

Resumindo: seja companheiro, tenha paciência. Fora isso, você não precisa fazer nada além de ser você mesmo e tente não me afogar com tanto sentimento.

DICA valiosa: mostre interesse pelos meus planos de vida!